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O "Faça Amizades, Bullying Não" é da autoria de Elisandra Pauleli nasceu em 12 de novembro de 1974 em Rio Claro – SP. Formada em Marketing de Negócios e em Pedagogia. Devido a vivência em escolas, decidiu desenvolver a Campanha " Faça Amizades, Bullying Não" pela internet. É criadora do grupo Faça Amizades, Bullying Não; no facebook.O Faça Amizades, Bullying Não, se propõe a disponibilizar gratuitamente informações sobre o tema, e divulgar o maior número possível documentos, textos, indicar livros, músicas, filmes, e materiais de qualidade relacionados ao bullying virtualmente. Elisandra Pauleli, acredita que a informação é a melhor forma de evitar este tipo de violência. Neste momento o projeto tem parceria com a Comissão de Direitos Humanos da OAB de Rio Claro SP, em que são disponibilizados fóruns de debates com objetivo de formas cidadãos conscientes do perigo do bullying na sociedade, pois o bullying, cria e estimula a delinquência e induz a outras formas de violência explícita.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Agressão marcante

Revista Epoca

O bullying, a violência física e psicológica entre crianças e adolescentes nas escolas, também ocorre na internet. Pesquisadora afirma que a agressão virtual pode até ser mais grave que a real.
Bullying é o nome técnico para uma forma específica de violência disseminada nas escolas do mundo todo. A prática vai desde os tapas de um grandão num garoto mais fraco durante o recreio ao uso de apelidos maldosos para chamar os colegas. A pesquisadora e educadora Cleo Fante, autora do livro Fenômeno Bullying, acredita que as agressões escolares não só estão mais freqüentes como também se espalharam pela internet e pelos celulares.
ÉPOCA - O bullying tem crescido nos últimos anos?
Cleo Fante - Sim, o fenômeno vem crescendo em todo o mundo. Quando iniciei os estudos sobre o tema, em 2000, a média mundial era de 7% a 24% de envolvidos. Hoje, a média é de 5% a 35%. No Brasil, não é diferente, os índices são elevados. Em nossos estudos, com um grupo de 2000 alunos, na região de S. José do Rio Preto, encontramos 49% de envolvidos. Desses, 22% foram considerados vítimas, 15% agressores e 12% vítimas agressoras (aquelas que reproduzem os maus-tratos recebidos). Caso as escolas não adotem medidas preventivas, o fenômeno pode expandir cada vez mais. Isso se justifica pelo fato de que muitas vítimas reproduzem os maus-tratos sofridos. Muitos agressores também acabam se tornando vítimas, num ciclo vicioso de vitimização.
ÉPOCA - Por que o bullying é tão comum?
Cleo - Realmente o bullying é praticado em 100% das escolas de todo o mundo. Na maioria das vezes, ele é visto como brincadeira própria do amadurecimento da criança. Devido a essa interpretação equivocada é que a prática vem se alastrando cada vez mais. Por outro lado, não devemos generalizar e creditar ao bullying todas as situações que ocorrem dentro e fora da escola, ou de forma virtual. Primeiramente, temos que conhecer o fenômeno e saber diferenciá-lo das brincadeiras próprias da idade.
ÉPOCA - E o cyberbullying, a versão virtual do bullying? Acontece muito?
Cleo - É difícil quantificar essa forma de violência, pois a todo momento alguém é vítima de cyberbullying no mundo. Isso se justifica pela facilidade de acesso às ferramentas disponíveis nos modernos meios de comunicação, especialmente internet e celulares. As tecnologias estão cada vez mais sofisticadas, o que facilita a proliferação do fenômeno e dificulta a identificação dos autores.
ÉPOCA - A internet (por meio de messenger, e-mail, Orkut) possibilita que as agressões sejam feitas anonimamente, ou que o praticante de bullying esconda sua identidade com apelidos. Isso faz com que eles se sintam mais livres para importunar os outros?
Cleo - Sim, a forma virtual é mais fácil de ser empregada do que as demais (física, verbal, sexual, material, psicológica), pois basta um toque na tecla “enviar” para que os ataques se tornem reais. Tudo pode ser feito de forma anônima. Na escola, a identificação é mais fácil.
ÉPOCA - As conseqüências do bullying virtual podem ser tão graves quanto às do bullying escolar?
Cleo - Sem dúvida. Dependendo do grau de intensidade, as conseqüências podem incidir na saúde física, mental e na aprendizagem. Na Inglaterra, essa forma de praticar bullying foi responsável pelo suicídio de alguns adolescentes. Se na “vida real”, onde os agressores são identificados, é difícil dar um basta às situações de maus-tratos, imagine no espaço virtual, onde difamações, ameaças, intrigas e fofocas são espalhadas em rede mundial.
ÉPOCA - A vítima típica do bullying escolar é a mesma do cyberbullying?
Cleo - Nem sempre. Muitos alunos que não possuem perfil de “bode expiatório” estão sendo alvos, além de professores, coordenadores e diretores de escolas. Qualquer um de nós pode se tornar vítima de ataques virtuais e se deparar com fotografias montadas, piadinhas, comentários sexistas ou racistas sobre nossa própria intimidade.
ÉPOCA - Existem maneiras de os pais perceberem se o filho é vítima ou até praticante do bullying virtual?
Cleo -
Recomendo que os pais fiquem atentos quanto ao comportamento dos filhos, durante e após o uso dos computadores e dos aparelhos de comunicação fixos e móveis. É necessário dialogar abertamente e refletir sobre o uso irresponsável dessas tecnologias de informação e comunicação.
ÉPOCA - Como se deve resolver o problema?
Cleo - A escola, muitas vezes, não é o palco direto dessa forma de ataque, mas é um espaço que favorece a continuidade dos maus-tratos. Nesse sentido, recomendo que especialistas no assunto discutam com os profissionais da escola e com os alunos, encontrando maneiras de prevenir o bullying em suas diversas formas. O objetivo é melhorar a qualidade das relações pessoais e de ensino e aprendizagem.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT1073893-1655,00.html

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