Ontem, a Vara da Infância e da Juventude do MP também abriu investigação. Trabalharão em duas frentes. Uma, com o promotor Jairo de Lucca, acompanhará os trabalhos da secretaria para decidir se abrirá ou não inquérito contra Roseli. O foco prioritário, no entanto, é a saúde do menino. A promotora Vera Lúcia Acayaba de Toledo liderará campanha com vários órgãos públicos, entre eles Conselho Tutelar, Sedesc (Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania), Secretaria Municipal da Saúde e a própria Secretaria Estadual da Educação para combater o bullying religioso na escola.
A professora Roseli compareceu à reunião realizada ontem no Fórum de São Bernardo, mas ficou em sala separada. Segundo o pai do aluno, Sebastião da Silveira, 64 anos, uma pessoa ligou oferecendo vaga em outra instituição, mas a sugestão foi rejeitada. "Meu filho vai continuar na escola. Ele vai ter de aprender a lidar com a diferença e não criar uma dependência minha", disse.
O jovem tem ido às aulas e, nesta semana, segundo o pai, sofreu novos ataques pessoais. Em avaliação, o psicólogo disse que o menino teme viver em "pecado" e "ter de pedir perdão a Deus". Aproveitando o feriado da próxima semana, Silveira vai viajar com a família para esfriar os ânimos.
"Pelo menos o caso está sendo tratado. Se de forma correta, o tempo vai dizer. Por enquanto, vejo intenção grande de todos os órgãos em se fazer de tudo para apurar o que aconteceu e ajudar esse e outros jovens", disse o advogado.
Fonte: http://www.dgabc.com.br/News/5949848/familia-vai-processar-estado-por-discriminacao-religiosa.aspx
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