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O "Faça Amizades, Bullying Não" é da autoria de Elisandra Pauleli nasceu em 12 de novembro de 1974 em Rio Claro – SP. Formada em Marketing de Negócios e em Pedagogia. Devido a vivência em escolas, decidiu desenvolver a Campanha " Faça Amizades, Bullying Não" pela internet. É criadora do grupo Faça Amizades, Bullying Não; no facebook.O Faça Amizades, Bullying Não, se propõe a disponibilizar gratuitamente informações sobre o tema, e divulgar o maior número possível documentos, textos, indicar livros, músicas, filmes, e materiais de qualidade relacionados ao bullying virtualmente. Elisandra Pauleli, acredita que a informação é a melhor forma de evitar este tipo de violência. Neste momento o projeto tem parceria com a Comissão de Direitos Humanos da OAB de Rio Claro SP, em que são disponibilizados fóruns de debates com objetivo de formas cidadãos conscientes do perigo do bullying na sociedade, pois o bullying, cria e estimula a delinquência e induz a outras formas de violência explícita.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O BULLYING EM MINHA VIDA.- Dr. Alexandre Saldanha ex-vitima de bullying

O bullying é uma das formas mais traiçoeiras e letais de violência, que só agora, depois de enumeras demonstrações de sua brutalidade, começou a ser estudada e evitada.
O bullying retira a auto-estima, nos afasta dos sonhos, traz sofrimento, solidão e vergonha.
Esta definição de bullying não foi retirada dos manuais de psicologia ou psiquiatria. Esta definição é a mais próxima que a minha consciência permitiu chegar.
Fui vítima do bullying por quase toda minha vida escolar. Fui uma criança “gordinha” e com problemas motores que não conseguia jogar bola e nem era tão ágil para brincadeiras em grupo.
Na adolescência minhas limitações motoras, seqüela da hemiparesia direita[1], adquirida por conta da prematuridade do meu nascimento, rederam-me o isolamento e várias gozações perversas por parte dos meus colegas em um dos colégios mais conceituados de minha cidade.
Quando decidi quebrar o silêncio sobre estas agressões e procurar a direção da Escola em que eu estudava não obtive êxito algum.
A direção da escola assumiu uma política corporativa, encobrindo o fato e afirmando que aquela situação se tratava de uma brincadeira de criança, e por isso, nada podiam fazer.
Claro que além do bullying me causar muito sofrimento, eu não pude processar a escola porque, tanto eu como minha família não tínhamos informações sobre o assunto, o que colaborou para que, acreditando na explicação de tal escola, estagnássemos nossas vontades de reação.
Mas, tais situações de sofrimento e injustiça não fizeram de mim uma eterna vítima do bullying, pelo contrário. Pois, como ponto definitivo de minha recuperação, eu decidi, já nos bancos do curso de direito, que iria militar contra esse vício social.
Assim o fiz, começando por minha monografia de conclusão de curso onde tratei do tema: A RESPONSABILIDADE CIVIL DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO EM RELAÇÃO AOS EFEITOS DO BULLYING, tese afirmativa sobre a responsabilidade objetiva das escolas (públicas ou particulares) em indenizar os casos de bullying ocorridos em suas dependências durante o período em que os alunos estão sob sua guarda.
Hoje, tenho 27 anos, me formei em direito, sou Advogado e escritor, transformei a monografia numa obra jurídica que tratará deste assunto sob a ótica do direito, participo ativamente em comunidades no Orkut sobre o tema, e atualmente, trabalho na manutenção de uma página no MY SPACE para falar do bullying.
Meu trabalho começa aqui, porque seguirei apresentando o tema para debate, mostrando seus males e conscientizando a sociedade dos possíveis caminhos para evitar e reparar os danos do bullying.
Além disso, minha vida científica é um tributo as vítimas que não sobreviveram a essa terrível agressão e partiram deste mundo sem presenciar o inicio de uma era de combate ao bullying.
 
Alexandre Saldanha Tobias Soares.

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